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A mostrar mensagens de janeiro, 2024

Gerra de Mentiras

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  "Ima­gine uma fa­mília is­ra­e­lense no ki­butz de Be’eri, em volta da mesa do al­moço, antes da pas­sagem por lá do mor­tí­fero Hamas. O mo­vi­mento ter­ro­rista chegou e olha o que eles fi­zeram: os olhos do pai foram ar­ran­cados di­ante dos seus fi­lhos. Os seios da mãe foram cor­tados, os pés da filha, am­pu­tados e os dedos do filho, de 7 anos de idade, foram cor­tados antes dele ser exe­cu­tado. Não surgiu qual­quer tes­te­munha dessa si­tu­ação in­só­lita. Nem podia haver, porque não foi en­con­trado no ki­butz o corpo de qual­quer cri­ança entre 6 e 8 anos de idade. O in­ventor da his­tória foi Yossi Landau, da or­ga­ni­zação Zaka, que se de­dica à busca e iden­ti­fi­cação de ca­dá­veres e, prin­ci­pal­mente, à cri­ação de acu­sa­ções falsas ao Hamas e aos pa­les­tinos. Os 40 bebês de­ca­pi­tados, os bebês en­con­trados em fornos, os civis is­ra­e­lenses tor­tu­rados, mu­ti­lados, des­mem­brados, cor­tados em pe­daços etc... Di­fícil crer que te­nham exis­

Mouros e Mouras encantadas

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  Lenda da Moura No tempo em que os mouros habitaram o concelho de Vila de Rei fixaram-se em vários locais. Um deles designado por Penha (lapa) do Aivado, local de grutas escavadas na rocha. Conta a lenda que havia na Penha do Aivado uma moura, que estava para ter um filho, mandou então pedir ajuda a uma mulher parteira da povoação mais próxima – as Cortelhas. A mulher foi em auxílio da moura e esta como recompensa deu-lhe três carvões e disse-lhe que os guardasse. Quando chegasse a casa deveria colocá-los na cantareira e no outro dia pela manhã veria o que tinha acontecido. A mulher, pelo caminho, pensando na inutilidade dos carvões deitou dois fora que foram apanhados pelo mouro que a seguia prevendo já a atitude da mulher. Quando chegou a casa, a mulher colocou o carvão, que lhe restava na cantareira tal como a moura tinha recomendado. No outro dia pela manhã foi à cantareira ver o que tinha acontecido – o carvão transformara-se em ouro. A mulher foi então à procura d

Nada vimos em Gaza

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      1. “Nunca vimos nada assim.” “Nunca vi isto.” “Jamais.” “É sem precedentes.” “Isto tem de parar.” “Isto tem de acabar.” Todos os dias mais alguém das Nações Unidas (incluindo o secretário-geral), ou algum responsável de outra instituição internacional diz uma destas frases sobre Gaza. A última que li: “Nunca vimos 2,2 milhões de civis forçados à fome em semanas”, disse à Al-Jazeera o relator especial da ONU para o direito à alimentação, Michael Fakhri . “ Nunca vimos este nível de fome usada como arma tão rapidamente, e completamente, jamais. ” E isto nem era o lead da notícia. O lead era que todas as crianças até cinco anos em Gaza não estão a receber nutrição suficiente, e correm o risco de danos físicos e mentais permanentes. Todas as crianças até cinco anos. Que em Gaza são 335 mil. O equivalente a mais de metade das crianças dessa idade em Portugal. Pensemos em mais de metade das crianças que são nossas filhas, netas, sobrinhas, filhas de amigos, afilhadas. E

Lei dos Sefarditas entregou Portugal numa bandeja

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  A Lei da Nacionalidade, que veio permitir a descendentes de judeus sefarditas adquirir nacionalidade portuguesa , sem quaisquer limites, é uma lei bondosa, com pressupostos generosos; concede a nacionalidade aos “herdeiros” dos judeus expulsos por D. Manuel I em 1497. Mas, na prática, esta Lei tem-se revelado um erro crasso, pois transformou-se num incentivo ao tráfico descontrolado de passaportes. Quando D. Manuel expulsou os judeus sefarditas não imaginaria certamente que, mais de 500 anos volvidos, ainda se sentiriam efeitos dessa sua retumbante decisão. À época, aquando da publicação do édito de expulsão, a maioria, dezenas de milhar, optaram por se converter ao cristianismo, tornando-se cristãos-novos. Foram muto poucos os que abandonaram o reino, segundo Alexandre Herculano. Penso que terá sido a percepção (errada!) de que estes poucos sefarditas teriam escassos sucessores que inspirou a alteração à Lei que, desde 2015, atribui a nacionalidade por

Uma portuguesa na corte do Grão Mogol

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D. Juliana Dias da Costa (1658-1733) foi uma influente mulher portuguesa que viveu na corte dos poderosos imperadores Mogóis, dinastia indo-persa que reinou sobre a maior parte da Índia durante séculos. Nasceu em Cochim, mas fugiu com a família aquando das invasões holandesas, procurando abrigo por vários lugares, até serem acolhidos na corte de Bahadur Shah, em Delhi. O seu pai, Agostinho Costa, tornou-se médico do imperador. Eram uma família de católicos devotos, vistos como protectores dos cristãos e ocidentais junto da corte. Um padre italiano, Ippolito Desideri (1684-1733), autor da "Relação sobre o Tibete”, chama-a «suporte e ornamento: da nossa santa Fé no Império», agradecendo-lhe pelo apoio dado aos jesuítas nos seus esforços de evangelizar o Tibete. O imperador Bahadur Shah, que a consultava constantemente, dizia que se ela fosse homem escolhia-a para “vizir” e chamava-lhe mãe e “Fidavi Duago”, (dedicada à oração, in “Descobrimentos do Oriente e do Ocidente”, Pedro Teixe

Teste genético: sou judeu e não sabia

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  Há alguns anos, quase que por brincadeira, mandei vir um daqueles “kits” da companhia MyHeritage ( https://www.myheritage.com.pt/ ) para conhecer a minha história genética, e descobri que, afinal, eu, que descendo de indianos, tenho uma coisa em comum com os portugueses de origem europeia: genes judeus! Ainda mais, genes judeus Ashkenazi, gente da Europa de Leste, nada a ver com sefarditas ou judeus radicados há milénios na Índia. Tenho outros genes em comum com os portugueses, também, mas não os genes berberes e africanos. Fora os genes Ashkenazi, nada mais no relatório que recebi por e-mail me surpreendeu. Alguém nos Estados Unidos, pegando num cotonete com a minha saliva, traçou a minha herança genética e a história dos meus antepassados sem alguma me vez me ter visto ou saber nada sobre mim. E tudo batia certo com o que fui pesquisando ao longo dos anos. Por exemplo, quase 10 por cento dos meus genes são da etnia classificada como Irlandesa/Escocesa/Galesa, ou Celta, o que não m