Omar Khayyam desafiou as leis islâmicas para celebrar o vinho e a vida
“Alá vos prometeu vinho no Paraíso, por que então o vinho deveria ser considerado um vício na Terra?”, perguntava Omar Khayyam. Assim como em outro quarteto aponta: “Já que nem a verdade nem a certeza estão em nossas mãos, não desperdicemos nossas vidas na dúvida de uma terra prometida, não recusemos uma taça de vinho, pois, sóbrios ou bêbados, na ignorância ficamos”. Para o poeta, os prazeres do vinho se confundem ainda com os do amor e ele questiona novamente: “Um jardim florido, uma bela mulher, e vinho. Eis o meu prazer e a minha amargura, o meu paraíso e o meu inferno. Mas quem sabe o que é céu e o que é inferno?" ARNALDO GRIZZO Revista Adega (Brasil) “Alcorão, o livro supremo, pode ser lido às vezes, mas ninguém se deleita sempre em suas páginas. No copo de vinho, está gravado um texto de adorável sabedoria que a boca lê a cada vez com mais delícia” (Quadra atribuída ao Rubaiyat de Omar Khayyam, traduzida por Alfredo Braga) Maomé viveu entre 5...