As minhas memórias da Síria
Os senhores da guerra decidiram acabar com a Síria, infligindo os maiores horrores aos seus habitantes, enquanto a comunidade internacional assiste indiferente perante esta grave situação. Narciso Machado*/Público As imagens transmitidas pelas televisões não deixam margem para dúvidas: montes de ruínas, prédios com paredes esventradas, crateras nas ruas, montes de entulho e por baixo das ruínas um número incontável de mortos, a maioria civis. Nas viagens de turismo que realizei a vários países árabes/muçulmanos (Marrocos, Tunísia, Egito, Jordânia, Síria) e Turquia, as cidades cujas culturas mais me surpreenderam foi, sem dúvida, as cidades sírias de Damasco (capital), Alepo e Palmira. Alepo, hoje cidade mártir, para além de ser a capital económica do país, então com 3 milhões de habitantes, é uma das cidades mais antigas do mundo, com cerca de 4000 anos, sempre habitada. A primeira referência a Alepo, que se conhece, reporta-se mais precisamente a 1780 a....