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A mostrar mensagens de outubro, 2018

A verdadeira blasfémia no Paquistão

O Paquistão precisa de amplas reformas judiciárias e sociais, a começar por esta Lei da Blasfémia"  introduzida no sistema judiciário paquistanês na década de 80 pelo ditador militar general Zia ul-Haq, como parte de sua iniciativa de islamização da legislação do Paquistão. Ela estipula que "comentários depreciativos em relação ao Santo Profeta, sejam orais ou escritos, por representação visível ou por qualquer imputação, menção ou insinuação, direta ou indireta, deverão ser punidos com a morte, ou prisão perpétua, e estarão sujeitos a multa". Embora ninguém tenha sido executado de acordo com esta lei, pelo menos dezenas de pessoas já foram mortas enquanto esperavam o julgamento ou mesmo depois de inocentadas. As cláusulas referentes à blasfêmia foram um importante componente da campanha de reformas sociais preparada e implementada por Zia durante a invasão soviética do Afeganistão, nos anos 80. O objetivo evidente era a islamização do Estado paquistanês,

Esse Brasil não!

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Amanhã, Deus vai provar que se fartou de ser brasileiro e vai dar ao Brasil o pior Presidente da sua história: Jair Bolsonaro. Vai dar-lhe um Presidente que pela sua boçalidade, pela sua arrogante ignorância e desprezo pela cultura e pelos simples valores daquilo a que chamamos sociedades civilizadas, pelo seu apelo ao ódio e à violência, pela sua indisfarçada vontade de perseguir os mais fracos e pobres dos brasileiros, de discriminá-los pela cor, pelo sexo, pela raça e pela classe social, deveria encher de vergonha aqueles que, de entre os seus votantes, são os mais bafejados pela fortuna e pela educação — e que são precisamente, dizem as sondagens, os que mais entusiasticamente se preparam para levar ao Planalto um fascista declarado. Todos os que amam deveras o Brasil jamais lhes poderão perdoar. Tudo, menos o Brasil de Bolsonaro. Desses, já ouvi toda a espécie de autojustificações — primeiro, dadas de mansinho, envergonhadamente, tentando convencer que quem olha

Jamal Khashoggi: o mistério do jornalista saudita desaparecido

O que aconteceu a Jamal, o jornalista saudita que nunca mais foi visto depois de entrar no consulado do seu país em Istambul, há uma semana? Os sauditas dizem que nada sabem, os turcos acusam-nos de o terem morto, as manifestações à porta de embaixadas sauditas por todo o mundo exigindo saber o que lhe aconteceu multiplicam-se e esta quarta-feira o mistério adensou-se, por causa de uma misteriosa carrinha preta. Poderão os Estados Unidos pressionar para a descoberta do que se passou, usando a aliança de décadas com Riade? “Não se espere qualquer intervenção dos EUA”, disse ao Expresso um académico HELENA BENTO E HÉLDER GOMES EXPRESSO Quando viu alguns dos seus amigos serem detidos, o jornalista saudita Jamal Khashoggi decidiu manter-se em silêncio, por medo de perder o emprego ou a liberdade. Também temia pela sua família, como escreveu em setembro do ano passado no jornal “The Washington Post”. Mas, a partir de então, assumiu uma “escolha diferente”. “