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A mostrar mensagens de abril, 2018

Islão na Europa: conflito ou diálogo pela paz?

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ENTREVISTA - ISLÃO NA EUROPA:  CONFLITO OU DIÁLOGO PELA PAZ? Nas sociedades ocidentais muitos muçulmanos sentem-se condenados à partida pelo facto de serem muçulmanos. É-lhes exigido que se distanciem publicamente do terrorismo quando os autores são muçulmanos, embora não se exija o mesmo das outras comunidades religiosas em situações idênticas. E muitas vezes sentem-se tratados injustamente pelos Media. Poder-se-ia perguntar porque é que um crime familiar passa a crime de “honra” quando os seus actores são muçulmanos ou questionar o facto de os terroristas não-muçulmanos serem apenas designados por terroristas, veja-se os casos de Breivik, na Noruega, dos Budistas que perseguem e assassinam muçulmanos em Myanmar, dos americanos que assassinam outros americanos por eles serem muçulmanos nos EUA, do Ku Klux Klan, da NSU, e muitos outros, enquanto a essa designação, neutral em termos de identidade religiosa, se acrescenta islamista quando os te

À conversa com Mohamed Abed, Vice-Presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa

No âmbito do 50.º aniversário da CIL, o Portugal Post conversou com Mohamed Abed, vice-presidente da CIL, que nos recebeu na biblioteca da Mesquita de Lisboa. Fomos saber como se integra a CIL, e os muçulmanos, na sociedade portuguesa, quais são os laços que estabelece com a sociedade maioritária e com as outras religiões, e como se processa a vida na comunidade muçulmana em Lisboa, os seus rituais e as suas especificidades. Fomos também saber como foi há cinquenta anos atrás, no período antes da publicação da Lei sobre a Liberdade de Religião, que veio abrir a sociedade portuguesa a outras religiões. Mohamed Abed nasceu em Lourenço Marques, em Moçambique, e chegou a Portugal em 1975. O avô era natural da Índia, da região de Guzarat.   CRISTINA DANGERFIELD www.portugalpost.de    PP – Durante a comemoração do 50.º aniversário da CIL, falei com algumas pessoas na assistência, com Abdul Karim Vakil, e um sócio fundador

Agostinho da Silva e o Islão

Agostinho da Silva e as interrogações do tempo que urge Por Maria Leonor L. O. Xavier  Agostinho da Silva escreveu várias séries de Cadernos de Informação Cultural, com intenção pedagógica, em Portugal, antes de 1950. Este nosso estudo incide em dois desses cadernos, ambos publicados em 1942: O Cristianismo e O Islamismo. Em ambos os cadernos, o autor começa como historiador, mas continua e termina como pensador, expondo as suas ideias filosóficas sobre as duas religiões. No tempo em que foi publicado, o caderno sobre o cristianismo trouxe ao seu autor dissabor bastante para o fazer deixar Portugal e partir para o Brasil. Hoje, a heterodoxia de Agostinho acerca do cristianismo parece inofensiva. Todavia, perguntamo-nos se o caderno sobre o islamismo não teria hoje uma repercussão expressiva, que não teve na época em que foi publicado, atendendo às dificuldades da relação entre o Islão e o Ocidente, nos nossos dias. Este estudo revisita os dois cadernos de Agostinho